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Conteúdo pago na internet: quando os sites começam a cobrar pelos serviços





Conteúdo pago: quando o New York Times e o YouTube começam a cobrar pelos serviços

Antigamente era mais fácil manter conteúdos pagos nas mídias de massa. O jornal tem lá as suas versões gratuitas para distribuições bastante regionais, mas sempre contou também com os tradicionais impressos pagos.

Com a televisão encontramos o mesmo: há a TV por assinatura e a com canais abertos, que depende praticamente da publicidade para se sustentarem. E, assim sendo, a internet seguiu o mesmo caminho.


A internet é livre



A maior diferença da internet para as outras mídias é que, com ela, a grande maioria do conteúdo é livre. Quase sempre foi um meio encarado com compartilhamento de todo tipo de conteúdo, e não de assinaturas para obter o que se quer.

Desde o início, a internet é considerada um local para se manter informado e antenado nos últimos acontecimentos do mundo todo. Alguns até tentaram cobrar pelo conteúdo, solicitando assinaturas para ler as notícias. Afinal, os sites tinham as mesmas notícias referentes aos jornais impressos. Quem vai comprar o jornal se pode ler de graça?

O problema é que as assinaturas não deram certo, pois sempre há alguma alternativa gratuita para elas. Se tal site começa a cobrar assinaturas, os leitores migram para outro que se manteve gratuito.

E isso continuou até hoje, de maneira que vários jornais se renderam e passaram a viver só de publicidade na internet, como é o caso do The New York Times, com banners que aparecem espalhados pela tela e no meio da notícia, e comerciais que passam antes dos vídeos.

Assistir a vídeos gratuitamente também é possível, através de sites cheios de conteúdo, como YouTube, DailyMotion, MetaCafe e Hulu (indisponível no Brasil). O dia 25 de outubro, por exemplo, foi uma data memorável para os fãs da banda U2.


Os conteúdos pagos



Como dito anteriormente, os conteúdos pagos, também chamados exclusivos, sempre existiram. Por exemplo: hoje alguns provedores oferecem, mediante uma mensalidade de aproximadamente 20 reais, acesso livre a milhões de músicas. Além disso, também há uma série de outras vantagens, que vão desde conteúdos para estudantes até coberturas televisivas exclusivas.

Cada vez mais os jogos passam a adotar versões eletrônicas, com o custo muito mais baixo, como no Steam, sempre com games em promoção. Músicas de praticamente qualquer artista há anos podem ser baixadas através de lojas virtuais, como Amazon e iTunes. E as vendas não são baixas, tanto para cópias eletrônicas dos games quanto das músicas.

Agora quem também volta ao mundo do conteúdo pago é o jornal The New York Times. Segundo o próprio site, a partir de janeiro de 2011, será adotada essa medida, que permitirá todo mês que qualquer pessoa leia certo número de artigos gratuitamente. Mas, assim que esse limite for ultrapassado, somente aqueles que forem assinantes poderão ler livremente. Os assinantes do impresso também vão ganhar acesso irrestrito.

A nova política adotada pelo The New York Times não priva leitores casuais, que acabam no site por causa de links esporádicos e, ao mesmo tempo, consegue rentabilidade maior através dos leitores fieis, que talvez não se importem de pagar para ter acesso exclusivo e de qualidade.

Além do New York Times, o YouTube agora quer apostar também em conteúdo pago. É provável que a baixa rentabilidade do site para o gigante Google tenha acarretado em uma tentativa dessas.

Entretanto, é uma proposta relativamente interessante. Segundo anúncio feito no Blog do YouTube, o site fez uma parceria com o Sundance Film Festival e cinco filmes de 2009 e 2010 estarão disponíveis para locação para usuários dos Estados Unidos.

Além dos cinco filmes, outros de diferentes parceiros de várias áreas, como saúde e educação, vão começar a aparecer para locação. O site deixa claro também que as portas estão abertas para produtores independentes entrarem nessa novidade. Ao menos, começa somente como um recurso novo, não uma mudança extrema.


Pagar? Nem morto



O maior obstáculo no caminho de serviços que cobram assinaturas em troca de conteúdos exclusivos são as alternativas gratuitas. Por que você vai pagar por algo se o conteúdo grátis já tem tudo o que você procura?

É por isso que alguns provedores chamam o conteúdo de exclusivo. Ter acesso às informações em primeira mão de maneira mais detalhada é ótimo.O problema é que a qualidade do que já é gratuito não é tão mal assim para que alguém precise realmente pagar para saber das últimas notícias.

A pirataria é mais um forte concorrente às assinaturas. Novamente: por que pagar por um jogo se ele está ali, gratuitamente? É ilegal, mas muitas pessoas pensam dessa forma.

Mas, o game acaba por vir cheio de problemas e não tem suporte. Fora o fato de acabar prejudicando a indústria dos games, que não recebe nada pelo árduo trabalho que teve para criar algo de qualidade para os jogadores. E esse discurso vale exatamente da mesma maneira para as músicas, filmes e seriados baixados ilegalmente em compartilhadores.



Afinal, os conteúdos pagos têm futuro?

Se a luta da concorrência com a pirataria é enorme, intensa e parece interminável, isso não poderia ser diferente com os conteúdos gratuitos. Cria-se uma divisão da procura do usuário de internet — ele vai procurar saber mais sobre aquilo de que realmente gosta e é interessado. O fã de uma banda, por exemplo, pode fazer parte do fã-clube oficial por uma taxa e saber absolutamente tudo sobre os seus ídolos. E a diferença é que ele não vai encontrar isso por aí.

O mesmo vale para quem acompanha algum jornal em específico. A credibilidade do The New York Times é a maior do mundo. E aqueles que assinarem a versão online e tiverem acesso irrestrito não vão se arrepender, pois realmente gostam de ler as notícias e os comentários daquele jornal em específico. Ou seja, as pessoas acham que o conteúdo do jornal é mais rico e irão até ele.

É difícil dizer se conteúdos pagos realmente dão certo ou não, pois depende do serviço, do tamanho dele, da credibilidade e da quantidade de pessoas que não se importam em pagar. No iTunes e no Steam, por exemplo, tudo deu mais do que certo. É provável que se terá uma boa noção quando o The New York Times adotar isso de fato. Somente o tempo vai ser capaz de mostrar se isso acabará por ser uma tendência ou não.

Entretanto, sempre haverão os dois tipos de consumidores: aqueles que pagam por um conteúdo de qualidade e exclusivo, e aqueles que preferem o gratuito e não se importam com o risco de não ser o esperado.

O que você acha, caro leitor? Os conteúdos pagos vão emplacar ou serão derrotados pelos gratuitos? Continue a discussão nos comentários.

4 comentários

  1. Maktudo  

    A INTERNET NASCEU LIVRE E DEVE CONTINUAR ASSIM!!!!!!!!!!!

  2. ThiagoPCSilva  

    Esse negócio de conteúdo pago na internet é besteira. Sempre existirá a alternativa gratuita, mesmo que ela seja ilegal.

  3. jorleo  

    Eiii...gente...vamos tomar CONCIÊNCIA...Somos nós ke temos o Poder de aceitar ou não..lembre-se...ke a união é faz um povo forte e livre...de exploradores ganaciosos...vamos dar um basta a isto...! INTERNETE GRATIS E LIVRE PARA TODOS!!!

  4. luis henrique  

    Nunca pagaria pra ver um videozinho no youtube .. Prefiro ficar sem ver .

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